Sinduscon-JP defende construção de ferrovia para desafogar setor de cargas e triplicação de BR

O projeto de triplicação da BR-230, em especial, no trecho entre João Pessoa e Cabedelo sempre foi alvo de críticas pela demora e pelos transtornos causados às pessoas que precisam trafegar todos os dias por essa via. A obra foi acelerada recentemente, mas voltou a ser paralisada e, quando concluída, deverá sanar gargalos de mobilidade.

 

Porém, para o presidente do Sinduscon-JP, Wagner Breckenfeld, é necessário mais que isso e nesse contexto, aposta como alternativa a construção de uma ferrovia para atender ao setor de cargas, considera a situação inconcebível e disse não haver como mensurar o tamanho do prejuízo com uma obra que vem se arrastando há 8 anos.

 

“São 28 km de triplicação iniciados em 2017 e até hoje não concluídos. Uma obra tão importante para a cidade. E é porque a movimentação de cargas no Porto de Cabedelo está distante da sua capacidade, não tem a movimentação que deveria ter, dado exatamente essa questão dessa mobilidade no verão, causando grande stress”, afirmou o experiente empresário da construção civil, com conhecimento de causa de quem já presidiu a Companhia Docas da Paraíba.

 

Ele conclamou governantes, formadores de opinião e gestores a pensarem a cidade e repensar a volta da ferrovia, por fazer sentido ter uma ferrovia exclusiva para transporte de pessoal.

 

Inúmeras vantagens econômicas e ambientais

 

“Em qualquer país da comunidade europeia, tem uma malha ferroviária imensa que atende ao transporte de pessoal e de mercadorias. Além do mais, é um transporte ecológico, social e economicamente mais viável, com passagem mais acessível e mais velocidade”, acrescentou.

 

Wagner não para por aí. Lembra que a logística por meio de ferrovias de longo curso faria com que o motorista do rodoviário ficasse mais próximo à sua família, já que além de não ter a triplicação, você tem o gargalo da ferrovia e também da cabotagem. “É inadmissível. Evitaria também o país ficar à mercê de uma categoria como os caminhoneiros, como aconteceu anos atrás. Uma categoria valorosa, mas que, por uma questão pontual, causou uma série de transtornos, inclusive a pressão no preço dos insumos, não só na área de saúde, mas na construção civil e outros setores”, destacou.

 

Questão que remonta à década de 1960

 

Ele concluiu alertando para a necessidade de se encontrar uma resposta urgente.  “É uma questão que vem desde a década de 60, na presidência de Juscelino Kubitschek. É o único país do mundo onde o ente governamental  incentiva a indústria automobilística  e não tem um projeto de investimentos em  ferrovia e cabotagem. Isso é de uma contradição absurda, não faz sentido, é uma agressão a nossa inteligência”.

 

www.valenoticiapb.com.br – Por Cândido Nóbrega, Assessoria

 

 

 



Publicidades