Povo Potiguara Avança na Construção Histórica do PGTA na Paraíba

Em um marco para a autonomia indígena, lideranças Potiguara, encabeçadas pelo Cacique Sandro, reuniram-se no dia de ontem (29/05), na Escola Estadual Indígena Cacique Iniguaçú, na Aldeia Tramataia (Marcação/PB), para consolidar os encaminhamentos do Plano de Gestão Territorial e Ambiental (PGTA) Potiguara da Paraíba. O plano, construído coletivamente pelas comunidades, definirá estratégias de uso sustentável do território, alinhando proteção cultural, ambiental e econômica para as gerações futuras.

 

O Coração do PGTA: Autodeterminação e Bem-Viver

 

O evento destacou o protagonismo do Povo Potiguara na elaboração do PGTA — instrumento previsto na Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI). Como explicou o Cacique Sandro:

 

“O PGTA é a materialização da nossa voz ancestral. Ele nasce das aldeias para garantir que nosso território seja manejado conforme nossos saberes, assegurando o bem-viver e a resistência cultural. Não é um documento imposto; é um pacto coletivo pelo futuro Potiguara”.

 

O plano abordará desde a preservação de recursos hídricos e biodiversidade até projetos econômicos sustentáveis, sempre pautados pela cosmovisão indígena. Sua construção reflete décadas de luta pelo reconhecimento do direito à gestão direta dos territórios tradicionais.

 

União de Saberes: Instituições Apoiam a Iniciativa

 

A reunião contou com a presença de entidades-chave para a implementação do PGTA: Conselho de Lideranças Potiguara;

FUNAI; Ministério dos Povos Indígenas; Instituto Federal do Maranhão (IFMA); APLANCAIP-PB. Essa coalizão reforça o modelo de governança colaborativa da PNGATI, onde o Governo Federal atua como facilitador, respeitando a centralidade das decisões indígenas.

 

Próximos Passos: Semeando o Futuro

 

Com as diretrizes debatidas em Tramataia, o PGTA Potiguara segue para etapas de sistematização e validação em assembleias. O documento final será referência para: Proteção de áreas sagradas e nascentes; Fomento à agroecologia e turismo de base comunitária; Fortalecimento da educação escolar indígena, dentre tantas ações que compõem o bem-estar social do Território.

 

Como enfatizou a liderança, Capitão Potiguara: “Estamos plantando a semente da autonomia. O PGTA não é só um plano — é a promessa de que seguiremos existindo, resistindo e florescendo em nosso território”.

 

www.valenoticiapb.com.br – Por Assessoria

 

 

 



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