Gasolina e etanol ficam mais caros no primeiro trimestre de 2024, aponta levantamento Veloe

Entre os fatores, Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade destaca efeitos das mudanças tributárias sobre os preços nos postos

 

O primeiro trimestre foi marcado pela alta nos preços da gasolina e etanol, enquanto os preços do GNV e diesel ficaram mais baratos nos postos brasileiros. Os dados foram extraídos do Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade, desenvolvido em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

 

Ao final dos primeiros três meses de 2024, o preço médio do etanol acumulou uma alta de 2,8%, variação similar à identificada para gasolina comum (+2,7%) e aditivada (+2,8%) no mesmo período. Os resultados se contrapuseram ao comportamento dos preços médios do demais combustíveis monitorados pelo Panorama: diesel S-10 (-1,2%), diesel comum (-0,7%) e GNV (-0,5%), que caíram levemente em relação a dezembro de 2023.

 

Importante notar que, nesse horizonte temporal, os resultados analisados ainda refletem, em alguma medida, as últimas mudanças efetivadas na tributação dos combustíveis, como a retomada da cobrança de Pis/Cofins sobre o diesel e o biodiesel, em janeiro, e o reajuste do ICMS – Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços –, sobre a gasolina e o diesel, em fevereiro.

 

Com respeito aos resultados do último mês, o cenário também foi misto. Na comparação entre fevereiro e março de 2024, por exemplo, tanto o etanol quanto gasolina aditivada/comum registraram aumentos de preço (+1,0% e +0,5%, respectivamente), contrastando com o barateamento apurado entre os demais combustíveis monitorados pela parceria: GNV (-0,7%), diesel S-10 (-0,5%) e diesel comum (-0,1%).

 

Quando a referência envolve os últimos 12 meses encerrados em março/2024, quatro combustíveis ficaram mais caros para os brasileiros, destacando-se a gasolina comum (+5,1%) e aditivada (+4,9%). No caso do diesel, os aumentos registrados no período foram bem discretos (+0,8%, para o diesel comum; e de +0,3%, para o diesel S-10). Em contrapartida, quem abastece com GNV ou etanol foi favorecido por preços menores em relação ao que se cobrava há 12 meses atrás (-7,4% e -4,5%, respectivamente).

 

Na análise comparada do custo-benefício entre etanol e gasolina, não houve alterações significativas na paridade de preços entre gasolina e etanol no período, de modo que a alternativa renovável manteve sua margem de preferência para boa parte dos brasileiros, especialmente em estados Centro-Oeste e Sudeste, como: Mato Grosso, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais e Paraná (além de suas respectivas capitais).

 

No Monitor de Preços de Combustíveis, esse resultado é espelhado pelo Indicador de Custo Benefício-Flex, que relaciona os preços médios do etanol hidratado e da gasolina comum em todos os recortes geográficos analisados desde janeiro de 2017. Segundo o levantamento, em março de 2024, o percentual calculado foi de 67,2%, na média das UFs; e de 66,9%, na média das capitais – ambos abaixo do patamar de 70%, que sinaliza preferência pelo etanol. Além disso, os percentuais se mantiveram próximos da mínima histórica, registrada no mês imediatamente anterior (fevereiro/2024).

 

Acesse aqui na íntegra o Monitor de Preço de Combustíveis do Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade. Fonte: Veloe

 

www.valenoticiapb.com.br – Por Portal do Agronegócio

 

 

 



Publicidades