Forças Armadas não têm participado da política, diz ministro da Defesa

Segundo José Múcio, os militares têm tido uma atuação imparcial dos assuntos de Brasília

 

O ministro da Defesa José Múcio afirmou, em uma comissão do Senado, que as Forças Armadas, atualmente, não participam da política e que não se vê manifestações públicas de militares sobre os assuntos de Brasília.

 

“Tem sido extremamente luvável a atuação das Forças nestes últimos episódios que vivenciamos (…) os senhores senadores e os muitos presentes aqui há muitos meses não vêm uma nota nas redes sociais de desaravo, uma nota de protesto (…) em momento nenhum as Forças Armadas têm participado de política”, disse, em resposta ao senador Renan Calheiros (MDB-AL).

 

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Em meio ao esforço para que as inclinações políticas não contaminem as tropas, as Forças Armadas viram o tenente-coronel da ativa Mauro Cid ser preso pela Polícia Federal (PF) na quarta-feira (3).

 

A prisão do ajudante de ordens de Bolsonaro foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito das milícias digitais.

 

Desde a posse, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acusa o antecessor de ter influenciado as Forças Armadas e culpa o “bolsonarismo” pelo entrave na relação dele com as tropas.

 

Nesta delicada relação, Lula sinaliza mais uma aproximação. Na quinta-feira (5), o presidente deu posse ao general Marcos Amaro que assumiu o Gabinite de Segurança Institucional (GSI).

 

Lula enfrentou resistências internas que defendiam a desmilitarização do gabinete. A pressão continua e não está descartado um modelo de gestão híbrida com civis e militares trabalhando juntos. A ideia recebe críticas dos dois lados.

 

O atual governo busca soluções futuras. Na comissão do Senado, o ministro da Defesa José Múcio também disse que trabalha em uma sugestão de projeto que lei que pretende separar a atividade militar da atuação política.

 

“Qualquer militar que se dispuser a entrar na política, com sucesso ou insucesso, ele não voltaria às forças armadas. Isso porque a experiência diz que aqueles que não têm sucesso para se preparar para o novo pleito, voltam com proselitismo político e começa a fazer campanha dentro das próprias forças.”

 

www.valenoticiapb.com.br(Publicado por Marina Toledo), CNN Brasil

 

 

 



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