Elza Soares morreu no mesmo dia de Garrincha, quase 40 anos depois

‘Eu sonho muito com o Mané (Garrincha). O maior amor da minha vida foi ele’, disse Elza em entrevista a Bial em 2018. Craque do Botafogo também faleceu no dia 20 de janeiro, mas em 1983.

 

A morte da cantora Elza Soares nesta quinta-feira (20) acontece no mesmo dia da de Garrincha, com quem teve um relacionamento por 17 anos. O craque do Botafogo morreu também no dia 20 de janeiro, mas quase 40 anos antes: em 1983.

 

Em 2018, em entrevista ao programa Conversa Com Bial, Elza falou sobre a relação com o jogador.

 

“Eu sonho muito com o Mané. O maior amor da minha vida foi ele.”

 

Também no programa, ela disse que Garrincha prometeu a ela o título da Copa de 1962. Na época, Pelé era o craque do time, mas acabou se contundindo — e quem brilhou foi o “marido de Elza”, como ela mesma se referiu.

 

“Ele me prometeu e disse: ‘Olha criola, essa Copa eu vou dar pra você, vou fazer gol pra você (…) Eu nunca gostei de ser mulher de fulano. Eu sou eu. Não era preciso ser mulher do Garrincha pra ser a Elza Soares. O Garrincha era marido da Elza Soares.”

 

A informação da morte da cantora no Rio de Janeiro foi confirmada pela assessoria de imprensa de Elza.

 

“É com muita tristeza e pesar que informamos o falecimento da cantora e compositora Elza Soares, aos 91 anos, às 15 horas e 45 minutos em sua casa, no Rio de Janeiro, por causas naturais”, diz o comunicado enviado pela assessoria da cantora.

 

Elza Soares é considerada uma das maiores cantoras da música brasileira, com carreira no samba que começou nos anos 60.

 

Elza Gomes da Conceição começou cantando sambalanço com “Se Acaso Você Chegasse” em 1959, e se dedicou ao gênero nos anos 60.

 

Nos 34 discos lançados, ela se aproximou do samba, do jazz, da música eletrônica, do hip hop, do funk e diz que a mistura é proposital.

 

“Eu sempre quis fazer coisa diferente, não suporto rótulo, não sou refrigerante”, comparava Elza.

 

“Eu acompanho o tempo, eu não estou quadrada, não tem essa de ficar paradinha aqui não. O negócio é caminhar. Eu caminho sempre junto com o tempo.”

 

O último disco lançado foi “Planeta Fome” em 2019, e ela diz que não tem planos concretos para outro álbum neste ano. “Ainda não, mas vai surgir. Minha cabeça não para, cara”, afirma Elza.

 

A única certeza é que não iria parar de cantar: “Nem de brincadeira. Parar por quê? Por que parar? Não tem por que né?”.

 

www.valenoticiapb.com.br – Por G1



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