Cana: no intervalo da seca de 2020 e a estiagem iniciada, “águas (até) de março” não funcionaram

As previsões sobre chuvas não são das mais favoráveis para muitas culturas do Centro-Sul no segundo trimestre. O milho de inverno, em recente plantio, vai sentir o impacto, mas lavouras semi-perenes carregam o déficit hídrico desde 2020. A cana-de-açúcar, principalmente, com talhões para ser colhidos o ano todo

 

Os sinais de quebra de safra, na temporada que oficialmente começou em 1º de abril, são bastante comentados por produtores. Chuvas mais curtas até que ajudam na qualidade do açúcar concentrado, mas os volumes menores descompensam, no fim das contas.

 

O pior é que o período de boas precipitações — dezembro a março — que intercalou a seca prolongada até novembro e este início de outono, não foi bem distribuído. Assim, a sucroenergia paulista da região de Araraquara já estima prejuízos que pode avançar muito dentro da margem de quebra no Estado.

 

Paulo Sentelhas, professor de agrometeorologia da Esalq/USP, alerta para até 30%, contabilidade que carrega o baixo armazenamento hídrico do solo. Um dos piores balanços hídricos em 10 anos, disse ele há poucos dias.

 

A Associação dos Fornecedores de Cana de Araraquara (Canasol) registrou um 1º trimestre ruim. Os índices pluviométricos ficaram muito abaixo dos mesmos meses de 2020. E as “águas de março fechando o verão” foram representativamente pobres, avisa o presidente Luís Henrique Scabello de Oliveira.

 

Até dia 18, os técnicos da entidade mediram 47 mm de chuvas, contra média de 123 de março/2020, que já havia sido abaixo do normal. Em janeiro, ápice do regime chuvoso no C-S, Araraquara teve 40,5 mm, longe dos 278 mm do ano anterior.

 

Como planta semi-perene, tem cana para ser cortada nos três períodos da safra. Então, se as previsões meteorológicas da Esalq/USP e de institutos se confirmarem para este trimestre, a cana de meio de ano assegura prejuízo na certa. A cana de fim de safra ainda pode ter alguma chance de recuperação, se no 3º trimestre São Pedro ajudar.

 

A cana precoce, a que começa a ser cortada agora, sim, está comprometida, porque foi a mais sofrida com as poucas chuvas de março de 2020 em diante, sob pressão maior no segundo semestre.

 

Na produtora AgroQuatro-S, com propriedades entre a região de Campinas a Ribeirão Preto, a perda vai ser de 10% a 15%. “A de meio de ano ainda não sabemos, mas se não chover mesmo a quebra está assegurada”, diz Sérgio Castro, da família proprietária, e também pesquisador.

No geral, a empresa trabalha com 95 toneladas de produtividade por hectare, se tanto. No ciclo passado, foi de 112 t/ha.

 

Para os lados do tradicional quente e seco Oeste paulista, a quebra de 12% está configurada na safra 21/22. Pode ser mais, a depender da confirmação da secura que vem pela frente.

 

Nelson Peres, presidente da Norplan, associação que reúne os produtores da região de Penápolis, adianta que as “canas em geral estão menores que na mesma época do não passado e tudo indica numa produção menor e safra mais curta”. Fonte: Money Times

 

 

MATURAÇÃO DO CANAVIAL COM REGULADOR DE CRESCIMENTO ELEVA A QUALIDADE DA MATÉRIA-PRIMA E OS GANHOS DE ATR DO PRODUTOR

 

Tecnologia da Sipcam Nichino, com indicação de uso de fevereiro a maio, favorece o gerenciamento e amplia a janela de colheita, informa a empresa

 

No momento em que se aproxima o início da moagem de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil, a Sipcam Nichino difunde estudos que demonstram a ação benéfica de um insumo da marca nas lavouras. Conforme a companhia de origem ítalo-japonesa, ensaios a campo recentes, realizados em áreas comerciais e experimentais, atestam ganhos na qualidade da matéria-prima e de ATR (açúcar por tonelada de cana) associados ao manejo da cultura com o regulador de crescimento Sprint®.

 

De acordo com a engenheira agrônoma Carulina Oliveira, gerente de produtos da Sipcam Nichino, o manejo correto da tecnologia da empresa, com recomendações de uso específicas entre os meses de fevereiro e maio, acelera a maturação natural da cana-de-açúcar.

 

Conforme a agrônoma, resultados a campo observados em lavouras das regiões de Iturama, Lençóis Paulista e Santa Bárbara d’ Oeste, no interior de São Paulo, apontaram que o regulador de crescimento da empresa transferiu ganhos entre 4,5 kg e 12 kg a mais de ATR por tonelada de cana colhida, em períodos de 15 dias a 60 dias após aplicado, na comparação ao chamado tratamento-padrão do produtor.

 

“Trata-se de um recurso do produtor para promover acúmulo de sacarose, ampliar a janela de colheita e também melhorar o gerenciamento da colheita da matéria-prima”, diz Carulina Oliveira. Ela explica que Sprint® pertence ao grupo químico das sulfonilureias e tem como ingrediente ativo o composto ortosulfamuron. Graças a essas características, enfatiza, o regulador de crescimento é usado em menores doses frente a outros tratamentos.

 

“A relação custo-benefício é altamente favorável ao produtor.”

 

Ainda conforme Carulina Oliveira, a utilização de reguladores de crescimento, já no início da safra, faz parte das recomendações da equipe técnica da empresa às unidades produtoras de açúcar, etanol e energia e aos fornecedores de cana. Segundo ela, esses produtos auxiliam no aumento da capacidade de moagem da indústria, melhoram o grau de pureza do caldo extraído da planta e evitam coloração indesejável do açúcar.

 

“Regulador de crescimento é um produto estratégico diante do impacto das mudanças climáticas nas lavouras, do aumento da área cultivada, perseguido por boa parte das empresas do setor e, consequentemente, do aumento da distância entre a indústria e a lavoura”, complementa Carulina. De acordo com ela, o regulador de crescimento Sprint® apresenta ação sistêmica – no interior da planta – e interrompe temporariamente o crescimento vegetativo da cana, abrindo caminho para aumento do teor de sacarose e da antecipação da colheita.

 

“Sprint® é altamente seletivo à cana-de-açúcar, não interfere na brotação de soqueira e não atinge a gema apical, além de evitar o florescimento e a isoporização das plantas”, finaliza Carulina Oliveira.

 

Criada em 1979, a Sipcam Nichino resulta da união entre a italiana Sipcam, fundada em 1946, especialista em agroquímicos pós-patentes e a japonesa Nihon Nohyaku (Nichino). A Nichino tornou-se a primeira companhia de agroquímicos do Japão, em 1928, e desde sua chegada ao mercado atua centrada na inovação e no desenvolvimento de novas moléculas para proteção de cultivos. Fonte: Sipcam Nichino Brasil

 

www.valenoticiapb.com.br – Com Portal do Agronegócio

 



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