Cacique Sandro tem participação de destaque na COP 30, articulando parcerias globais para o seu povo
Liderança potiguara debateu mudanças climáticas com ganhadora do Nobel, Instituto Ford e ministra Sônia Guajajara, colocando o território indígena paraibano no centro das discussões ambientais globais
Entre os dias 12 e 16 de novembro, o Cacique-Geral do Povo Potiguara da Paraíba e Presidente da Câmara Municipal de Rio Tinto, Sandro Gomes, esteve na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30), em Belém do Pará, onde protagonizou uma série de articulações estratégicas e bem-sucedidas. Acompanhado de uma delegação de seis lideranças de seu povo, o Cacique levou as urgentes pautas de seu território para o centro do debate global.
A agenda intensa do líder indígena incluiu reuniões de alto nível que visam garantir recursos e parcerias para enfrentar os desafios climáticos que afetam diretamente a comunidade Potiguara. Em um encontro de extrema relevância, o Cacique Sandro dialogou com a renomada economista e ganhadora do Prêmio Nobel de Economia, Esther Duflo. Na ocasião, ele apresentou o grave problema do avanço do mar sobre o território Potiguara, um impacto direto das mudanças climáticas que ameaça comunidades, cultivos e a cultura ancestral. A pauta também abriu portas para conversas sobre a viabilidade de projetos de reflorestamento em diversas aldeias, buscando a recuperação de áreas degradadas e a geração de renda sustentável.
O empoderamento das mulheres indígenas foi outro eixo central da atuação do Cacique na COP 30. Em reunião com representantes do Instituto Ford, a discussão girou em torno de possíveis parcerias para projetos voltados especificamente para as mulheres do povo Potiguara, fortalecendo seu papel na comunidade e promovendo sua autonomia econômica e social.
A articulação política de alto escalão foi coroada com um encontro com o Presidente da COP 30, André Lago, e a Ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara. Na reunião, o Cacique Sandro reforçou a importância fundamental da participação dos povos indígenas nas tomadas de decisão sobre o clima mundial. Ele defendeu que os conhecimentos tradicionais e a gestão territorial dos povos originários são soluções eficazes e já consolidadas para a preservação ambiental e o combate à crise climática.



Uma Delegação Forte e Representativa
O Cacique Sandro não viajou sozinho. Compuseram a comitiva potiguara na COP 30 nomes de peso da comunidade, demonstrando a força coletiva da representação indígena. Estiveram presentes Diego Cassiano, Secretário de Articulação Política da Baía da Traição; os Pajés Creuza e Josecy, guardiões dos saberes tradicionais e espirituais; Damiana Potiguara, liderança feminina; e Maxwell Potiguara, professor e assessor do Cacique. A diversidade do grupo reforçou a representatividade e a capilaridade das discussões realizadas.
Resultados Concretos e Futuro Promissor
A participação ativa e articulada do Cacique Sandro Potiguara na COP 30 coloca o povo Potiguara da Paraíba em um novo patamar de visibilidade e oportunidades. As reuniões realizadas não foram apenas protocolares, mas sim o início de diálogos concretos que devem se desdobrar em projetos e parcerias nos próximos meses.
“Saímos da COP 30 com a certeza de que nossa voz foi ouvida nos mais altos fóruns. As mudanças climáticas são uma realidade cruel para nosso povo, com o mar invadindo nossas terras. Mas também mostramos que temos propostas e somos parte da solução. As portas que abrimos com a Nobel, com o Instituto Ford e com o governo federal serão fundamentais para garantir um futuro sustentável e com dignidade para nosso povo”, declarou o Cacique Sandro, otimista com os desdobramentos das negociações.
A bem-sucedida missão na COP 30 consolida o Cacique Sandro como uma liderança indígena de projeção nacional e internacional, capaz de traduzir as necessidades locais de seu povo em ações globais efetivas, sempre em defesa de seu território, sua cultura e do meio ambiente.
www.valenoticiapb.com.br – Por Assessoria
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